O aquecimento do mercado imobiliário
De acordo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o número de imóveis novos comercializados no país cresceu 26,6% nos cinco primeiros meses de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021.
A tendência é que esse crescimento continue ao longo de 2023, por duas razões principais:
- Aumento de empreendimentos no setor da construção civil, devido à estabilidade dos custos para a realização de uma obra e alta procura por casas e apartamentos, entre outros imóveis;
- Criação de novas ofertas em linhas de crédito, com redução de taxas e juros, e maior flexibilidade nas formas de pagamentos.
Outro fator que se destaca são as ofertas com até 62% de desconto. Um forte exemplo disso foi o grande leilão, realizado em janeiro, pelo banco Santander.
Foram ofertados mais de 50 imóveis (como casas, terrenos, salas comerciais, etc), em estados como Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco.
Os interessados tinham a possibilidade de escolher o bem de acordo com a localização, valor e outras características, indo de acordo com aquilo que mais lhes interessava. Além disso, no caso de bens residenciais, estabeleceu-se um financiamento de até 420 meses.
Esses empreendimentos tinham desconto médio de 44%, mas o valor chegava a 62%. No Rio de Janeiro, por exemplo, um apartamento com 51m2 tinha lance inicial de R$58,8 mil - cerca de 58% abaixo do valor de avaliação.
Já em São Paulo, uma casa com 137m2 estava à venda com lance mínimo de R$134,4 mil, valor que representa 39% de desconto.
Segundo o Santander, esses imóveis tiveram os débitos de IPTU e condomínio quitados até a data do leilão (17 de janeiro).
Quero fechar negócio. O que preciso saber?
É importante compreender os processos que envolvem um leilão - até porque, esse investimento só será rentável se você souber usar as características dessa ação a seu favor.
Como todo empreendimento, a participação em pregões também é uma negociação que possui seus riscos. E esses problemas podem ser evitados com cuidados. Por isso:
- Pesquise sobre o imóvel, a partir das informações presentes no edital
Conheça a localização, se informe sobre os preços dos imóveis da área, realize uma visita, converse com as pessoas (moradores, síndicos, zeladores), veja o funcionamento da água, luz e esgoto, faça consultas a respeito de eventuais ações e processos, e assim por diante.
- Verifique os custos estimados após a arrematação do imóvel e defina se a oportunidade é de fato rentável para você. Fique de olho em:
- Impostos - quem arrematar um imóvel em leilão será o responsável pelo pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Esse tributo municipal está previsto no artigo 156 da Constituição Federal;
- Registros - para que o arrematante adquira os direitos de propriedade, é necessário fazer o registro. Assim, deve ser apresentada a carta de arrematação, com as seguintes informações: a) descrição do imóvel, constante do título, ou, à sua falta, da avaliação; b) a prova da quitação dos impostos; c) auto de penhora; d) título executivo; e) auto de arrematação ou leilão; f) conta do leiloeiro. Também coloque na planilha os gastos com expedição de certidões, autenticação de documentos e outros emolumentos necessários para conclusão do registro;
- Comissão do leiloeiro - a porcentagem legal devida ao leiloeiro não está dentro do valor do lance e pode variar dependendo do estado. Em geral, a comissão é de 5% sobre o lance vencedor. Essa taxa consta no edital e, por isso, é muito importante uma análise cuidadosa do documento;
- Pagamento de despesas condominiais e IPTU - certifique-se que não constam contra o imóvel registros de débitos como multas, taxas condominiais e impostos. No caso de propriedades leiloadas por inadimplência do financiamento, não é necessário quitar as parcelas em atraso, pois o valor arrecadado na arrematação será utilizado exatamente para a regularização da dívida.
O levantamento prévio de tais questões permite que a pessoa interessada tenha ciência de todos os benefícios e possíveis lucros deste investimento. Elas representam apenas o início da preparação para o leilão.
Onde investir em 2023?
Agora que você já sabe que esse mercado está se movimentando positivamente este ano e quais cuidados devem ser tomados, está na hora de escolher qual será seu investimento.
De acordo com o Termômetro Imobiliário, do GRI Club com a Brain Inteligência Estratégica, as melhores oportunidades possuem a seguinte ordem:
- Residencial (74%);
- Galpões (41%);
- Loteamentos (38%).
Já escritórios (14%), shoppings (13%) e hotéis (7%) estão entre os segmentos com menor potencial de valorização, pois ainda são impactados pelos efeitos da pandemia. E apesar do relatório ter sido publicado no 3º trimestre de 2022, essa tendência se mantém até o momento.
2023 é o ano de comprar mais barato e ver o seu imóvel se valorizar a partir de 2024.
Para te ajudar a fazer um investimento certo e auxiliar nos processos e negociações necessárias, conte com a Biasi Leilões!
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